Nosso próximo destino foi a Malásia, um país multicultural formado por malaios (60% da população), chineses (15%) e indianos (10%) que convivem com uma grande quantidade de expatriados de todas as partes do mundo.

A região foi colônia do Reino Unido entre 1824 e 1941, passando para o domínio Japonês até 1945, depois voltando para Inglaterra e conquistando sua independência em 1957, quando foi formada a Federação Malaia. Em 1963 as outras colônias inglesas de Sabah e Sarawak juntaram-se à federação constituindo a Malásia, que atualmente é composta por 13 estados e 3 territórios muito distintos entre eles.

Para poder vivenciar um pouco dessa diferença decidimos conhecer a moderna capital Kuala Lumpur e Sepilok, localizada nas florestas do Borneo.

Kuala Lumpur foi uma agradável surpresa. Muito limpa, com um bom transporte público, uma vida noturna agitada, muita área verde, além de inúmeros shopping centers. Não ficamos muito, apenas dois dias, mas passeamos de metrô, de ônibus e a pé para sentirmos a cidade. Alguns passeios que recomendamos:

Petronas Twin Towers: concluído em 1998, tem 88 andares e 452 metros e foi a estrutura mais alta do mundo até 2004 (atualmente é o sexto mais alto). Vale a pena fazer o passeio subindo até o 41° andar para passar pela passarela que une as duas torres e depois continuar até o 88° andar, de onde se tem uma visão privilegiada da cidade. E vale passar para ver as torres de dia, no fim da tarde e à noite.




Sky Bar no Hotel Traders: um excelente local para um drink no final da tarde, ao lado da piscina, vendo as luzes das Petronas Towers acendendo.


Chinatown: é uma experiência interessante passear por suas ruas com um amontoado de barracas vendendo todos os tipos de comidas, eletrônicos, roupas e tudo mais que você puder imaginar. No meio dessa bagunça passamos por um templo hindu muito interessante, o Sri Mahamariamman.


KL Tower: não subimos devido ao horário, mas no alto tem um restaurante que dá uma visão 360 graus da cidade.
KL Bird Park: imperdível! Uma área verde de 84.500 metros quadrados, toda coberta com telas, cheia de pássaros voando como se estivessem livres. Tinham mais de 3.000 pássaros, de 300 espécies de todos os continentes, sobrevoando nossas cabeças e pousando quase ao nosso lado. Vimos inúmeros pássaros diferentes que nem sabíamos que existiam. Um exemplo é a família hornbill, que parece ter um bico duplo. Com este conceito de vôo livre as aves são capazes de se reproduzir naturalmente. Aconselho levarem um boné para evitar de ganhar um “presente” na cabeça, o perigo é grande! Por sorte nós saímos ilesos.

Uma das noites fomos jantar com o João, um amigo de longa data da Mila que está morando na cidade e que depois nos mostrou um pouco da vida noturna de Kuala Lumpur.


Depois de Kuala Lumpur fomos para Sepilok. Para chegar lá é preciso pegar um vôo de 3 horas até Sandakan e depois mais 30 minutos de taxi até a reserva. Lá fizemos dois passeios imperdíveis.

Visita ao Centro de Reabilitação de Orangotangos: fundado em 1964 o centro cuida de jovens orangotangos órfãos devido ao desmatamento, além de adultos retirados de casas onde viviam como animais de estimação ilegais. São quase 80 vivendo soltos em uma área de 43 Km2 e 25 vivendo na área de reabilitação para serem soltos em um futuro próximo. A visita é muito legal, entramos na floresta por uma passarela até o local onde colocam frutas e vegetais duas vezes ao dia. Um pouco antes já é possível ver os orangotangos chegando pendurados nos cabos que ligam as árvores à plataforma de alimentação. Eles são muito engraçados e passamos momentos muito divertidos observando suas atitudes muito parecidas com as do ser humano.











Visita ao Santuário dos Macacos Proboscis em Lupak: um dos bichos mais esquisitos que já vi na minha vida e que só pode ser encontrado nas florestas do Borneo, na Malásia. Eles estão na lista de animais em risco de extinção e esse local que visitamos é um dos que tentam reverter essa situação.





Para amenizar a feiura dos macacos Proboscis, ainda bem que tinham uns Silvered Leaf Monkeys que além de menos feios eram mais simpáticos e sociáveis.





E, além dos dois tipos de macacos, eles recebem a visita de pássaros hornbill que também vivem soltos na floresta e aparecem para buscar bananas.


Enfim, foram poucos dias na Malásia com uma agenda intensa entre passeios, ônibus, metrô, avião e caminhadas, mas que nos possibilitaram sair muito bem impressionados com esse país.