Kathmandu – Lukla – Monjo

O primeiro dia começou cedo, acordamos 3:30 da manhã e saímos do hotel 4:15 em direção ao aeroporto, de onde pegamos um vôo para Lukla. Foram 30 minutos de vôo entre montanhas até pousarmos  em um aeroporto com uma pista inclinada que termina em um paredão. Dia com emoção logo cedo.



Em Lukla tomamos café da manhã no Buddha Lounge e iniciamos nosso trekking. Caminhamos entre subidas e descidas, cruzando várias vezes o Rio Dudh Kosi em pontes suspensas, dividindo a trilha com dzos e sherpas carregados, vendo cachoeiras e muitas árvores. Os dzos são os animais que nasceram do cruzamento entre iaques e vacas. Eles são utilizados para carregar carga abaixo de 3000 m, onde o calor é forte demais para os peludos iaques.




Estamos andando na região dos sherpas, uma das etnias do Nepal. Sherpa quer dizer “povo do leste” e se refere à população da região mais montanhosa do Nepal, onde estão algumas das montanhas mais altas do mundo. Eles são bastante religiosos, com grande influência do budismo tibetano, e possuem várias maneiras de demonstrar sua fé.

Pelo caminho vimos inúmeras rodas mani, ou rodas de oração, que devem ser giradas, em sentido horário, sempre que passamos por elas, para que os mantras Om Mani Padme Hum possam subir aos deuses.



E por toda parte é possível avistar as coloridas e lindas bandeirinhas de oração, penduradas para que o vento balance e leve a mensagem. São cinco cores representando elementos da natureza: amarelo, terra; vermelho, fogo; verde, madeira; azul, céu e água e branco, ferro.


Vimos também pedras mani, pintadas com mantras ou orações para o Deus da Compaixão. De acordo com a tradição budista estas pedras devem ser contornadas a partir do lado esquerdo, no sentido horário, como a Terra e o universo giram, como uma oferta de oração por saúde, paz e proteção.



Quando o dia estava claro a temperatura ficava bem agradável, mas quando o sol sumia o frio já aparecia. Como o tempo cooperou e nosso vôo chegou cedo, tivemos uma mudança nos planos e fomos até Monjo, 2800 m de altitude, para dormir. No caminho encontramos muitas crianças, sempre sorridentes.


Após várias paradas para descanso e uma para almoço chegamos em Monjo às 16hs. Ficamos na Monju Tea House, onde pudemos pagar para ter um banho quente. Tea House é o nome que eles dão para uma espécie de pensão com quartos duplos e banheiros coletivos. Dormimos com nossos sacos de dormir sobre camas.

Tivemos chá da tarde e jantar para conhecer melhor as pessoas do nosso grupo. Estamos participando de um trekking beneficente que tem como objetivo arrecadar fundos para um orfanato do Nepal. Todos que estão aqui conosco, de vários países, arrecadaram ou doaram US$ 2000 para este orfanato.

Monjo – Namche Bazaar

O segundo dia foi mais curto porém com um ganho de 640 m de altitude.

Após um reforçado café da manhã assistimos ao processo de colocar a carga nos nossos dzos e saímos.  A paisagem não mudou muito mas o relevo passou para uma contínua subida. Pudemos ver o Everest pela primeira vez!


Chegamos ao nosso destino, Namche Bazaar (3440 m), às 13:30. Agora sim começamos a sentir o frio, a noite promete ser gelada.

Almoçamos na Tea House onde ficaremos hospedados: Sherwi Khangba. Logo na entrada vimos duas stupas, mais um tipo de monumento budista aos deuses.


Após o almoço fomos visitar o Museu do Sagarmatha National Park. Tivemos o restante da tarde para descansar antes do chá da tarde e do jantar.

Para nossa surpresa Namche Bazaar é uma vila com vários locais para dormir e comer, e até para acessar internet.

Tivemos uma boa noite de descanso e seguimos na trilha. Veja como foi o 3° dia de nosso trekking ao Everest Base Camp.