Namche Bazaar: dia para aclimatação

Hoje o dia foi dedicado para que todos pudessem se aclimatar com a altitude. O grupo é bastante heterogêneo, com pessoas entre 18 e 60 anos, de todos os continentes, homens e mulheres, e de todo tipo de preparo físico. Ou seja, para chegarmos ao objetivo final é melhor irmos devagar.

Para aclimatar, o ideal é sempre subir até certa altitude e depois voltar para dormir em um ponto mais baixo. Por enquanto eu e a Mila não estamos tendo problema algum, mas já tem uns dois que estão passando mal e uns cinco que estão tomando remédio contra o “mal da altitude”. Os principais sintomas são: dor de cabeça, dificuldade para respirar, perda de apetite, boca seca e náusea, ou seja, como se a pessoa estivesse de ressaca. Nada que ninguém não tenha sentido antes. O importante é ficar em alerta e acompanhar de perto se os sintomas não diminuírem, pois o quadro pode se agravar e até matar.

Então, para cumprir o objetivo do dia e também para aproveitar a paisagem maravilhosa, saímos às 8:40h para um trekking de 4h para chegarmos até 3.880 m de altitude, em um ponto com uma vista espetacular. Pudemos tomar o tradicional suco quente, servido em todas as nossas paradas, vendo as montanhas Lhotse (8.414 m) à direita, Nuptse (7.861 m) à esquerda e o Everest (8.848 m) ao centro. Um cenário que fez todos esquecerem o esforço feito para chegar aqui.




Ficamos admirando a vista até que as nuvens encobrissem as montanhas e começamos nossa descida de volta a Namche Bazaar.


Voltamos felizes para nossa Tea House pois estávamos com bastante fome. Para finalizar o dia uma sopa de alho, que dizem os sherpas que ajuda o organismo a se adaptar à altitude.

Até agora o que estamos vendo vale cada centavo e minuto investido.

Veja como foi o 4° dia de nosso trekking ao Everest Base Camp.