A preparação para uma viagem longa e com tantos destinos sempre demanda um certo esforço. Como já tivemos muitos aprendizados neste processo vamos dividir alguns deles aqui para ajudar possíveis interessados.

Um dos pontos importantes que fez parte de nossa preparação foi a atualização de nossas vacinas. Vimos duas maneiras de verificar quais são necessárias para uma viagem que envolve vários países.

A primeira e mais completa é procurar algum local que tenha “medicina do viajante”. A medicina do viajante é um campo médico relativamente novo no Brasil, mas que existe há décadas nos países da América do Norte, Europa e Oceania.

O objetivo é receber orientação de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças relacionadas à viagem. De forma geral, a medicina do viajante divide a prevenção das doenças em grupos: aquelas transmitidas por animais ou acidentes (como raiva e tétano), as transmitidas por água ou alimentos (como diarreia e hepatite A), doenças de transmissão sexual (como hepatite B, HPV e HIV), as transmitidas por vetores (como dengue e malária), doenças transmitidas por via aérea (como meningite, tuberculose e gripe) e aquelas causadas pelo meio ambiente (como doença da altitude e insolação). Doenças pré existentes também são analisadas.

Uma maneira interessante e gratuita é consultar o site da ANVISA e inserir seu roteiro. Você recebe a lista dos riscos de cada país e diversas orientações sobre prevenção.

Para nosso roteiro identificamos os seguintes riscos:

BRASIL:
– RISCO DE TRANSMISSAO DA FEBRE AMARELA
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE MALÁRIA NA AMAZÔNIA LEGAL
– RISCO DE TRANSMISSÃO FEBRE MACULOSA
FRANÇA:
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE SARAMPO
ESPANHA:
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE SARAMPO
PORTUGAL:
– NADA IDENTIFICADO
TURQUIA:
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE MALÁRIA
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE RAIVA
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE SARAMPO
JORDÂNIA:
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE RAIVA
EMIRADOS ÁRABES:
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE FEBRE CHIKUNGUNYA
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE RAIVA
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE SARAMPO
NEPAL:
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE CÓLERA
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE FEBRE CHIKUNGUNYA
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE MALÁRIA
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE RAIVA
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE SARAMPO
BUTÃO:
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE DENGUE
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE FEBRE CHIKUNGUNYA
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE MALÁRIA.
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE RAIVA
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE SARAMPO
SINGAPURA:
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE DENGUE
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE FEBRE CHIKUNGUNYA
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE SARAMPO
FILIPINAS:
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE DENGUE
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE FEBRE CHIKUNGUNYA
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE MALÁRIA.
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE RAIVA
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE SARAMPO
NOVA ZELÂNDIA:
– RISCO DE TRANSMISSSÃO DE SARAMPO
AUSTRÁLIA:
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE ARBOVIROSES
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE DENGUE
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE SARAMPO
INDONÉSIA:
– INFLUENZA AVIÁRIA
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE DENGUE
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE FEBRE CHIKUNGUNYA
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE MALÁRIA.
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE RAIVA
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE SARAMPO
MALÁSIA:
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE DENGUE
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE FEBRE CHIKUNGUNYA
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE MALÁRIA.
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE RAIVA
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE SARAMPO
PAPUA-NOVA GUINÉ:
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE CÓLERA
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE DENGUE
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE FEBRE CHIKUNGUNYA
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE MALÁRIA
ESTADOS UNIDOS:
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE FEBRE DO OESTE DO NILO
– RISCO DE TRANSMISSÃO FEBRE MACULOSA
– RISCO DE TRANSMISSÃO DE SARAMPO

Sairemos para a viagem com esta lista de vacinas em dia:

– Poliomelite (paralisia infantil): Tomada na infância.
– Sarampo/Caxumba/Rubéola (tríplice viral): Tomada na infância.
– Difteria/Tétano: validade 10 anos.
– Hepatite A: duas doses, com intervalo de 6 meses entre elas, proteção para toda a vida.
– Hepatite B: deve ser administrada em três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda doses, e de quatro meses entre a segunda e a terceira doses, proteção para toda a vida.
– Febre Tifóide: dose única, e deve ser feito um reforço em três anos, caso haja retorno à área endêmica.
– Cólera/E. Coli (diarreia do viajante): validade 3 meses.
– Meningocócica (Meningite): dose única.
– Gripe (Influenza): reforço anual.
– Febre Amarela (obrigatória para entrada em diversos países): dose única, validade 10 anos.

Eu ainda tenho a vacina contra raiva válida devido a um incidente ocorrido em nossa viagem à Índia em 2011. Esta vacina normalmente não é tomada preventivamente se não há alto risco de exposição, como contato com animais.